Reorganização dos sistemas de saúde

Marcelo Marcos Piva Demarzo
Revisão de Celso Zilbovicius e Daniel Almeida Gonçalves

Apresentação

Os sistemas de saúde em todo o mundo estão em constante processo de construção e desenvolvimento, a fim de prover um melhor estado de saúde para as suas populações. Consequentemente, os sistemas não são estáticos, pois devem acompanhar as necessidades e mudanças sociais e culturais que acompanham o desenvolvimento de qualquer sociedade. Entretanto, algumas questões são comuns a todos eles e perpassam o tempo:

  • Como melhorar o acesso ao sistema para todas as pessoas da comunidade ou país?
  • Como prover ações e atividades de forma integral, equitativa, participativa, democrática e contextualizada?
  • Como trabalhar com recursos financeiros limitados e ainda prover um sistema de qualidade adequada?

Mas, podemos nos perguntar: o que é, afinal, um sistema de saúde?

Segundo a autora Silvia Takeda (2004, p. 78), um sistema de saúde "é um conjunto articulado de recursos e conhecimentos, organizado para responder às necessidades de saúde da população" de um local, município, estado ou país. A mesma autora defende a ideia de que os sistemas devem ser conformados em redes interligadas, articuladas e integradas de equipamentos e ações, para gestão e resultados mais efetivos.

Desde a metade do último século, principalmente, alguns movimentos e iniciativas vêm discutindo a (re)organização dos sistemas de saúde internacionalmente. Vamos destacar aqui dois que consideramos fundamentais, e que têm influência direta no sistema de saúde brasileiro: o movimento moderno da Promoção da Saúde e a Atenção Primária à Saúde.

Antes, porém, é importante começarmos pela pactuação do que entendemos atenção à saúde, ou seja, o referencial teórico e político com o qual estamos trabalhando.


Especialização em Saúde da Família
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