Para analisar ou descrever serviços de saúde no Brasil deve-se ter em mente que, quando se aborda qualquer dos seus níveis de competência, entende-se no âmbito de suas ações as bases filosófica, doutrinária e operacional definidas nas Leis no 8.080 e 8.142 de 1990.
Neste texto buscamos introduzir algumas reflexões sobre ações de gerenciamento de natureza técnico-assistencial que se operacionalizam no terreno da Atenção Primária e materializam os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS), pilares da Estratégia Saúde da Família (ESF).
Reafirmar o SUS como política de Estado é papel de todos que direta ou indiretamente são instrumentos de transformação do sistema, e, nesse contexto, a figura do gestor nas três esferas de governo assume papel fundamental.
Mas como gerir um Sistema de Saúde tão complexo como o SUS? Quais ferramentas existem e como podem ser usadas pelo gestor para transpor as dificuldades diárias da gestão? Como entender, avaliar e planejar estratégias para que o SUS seja contemplado em todas as suas diretrizes nos 5.564 municípios do país, levando em conta suas realidades locais?
Obviamente, não esgotaremos neste conteúdo todos os conceitos e a complexidade da gestão dos serviços de saúde, porém traremos subsídios para discussão e reflexão sobre o tema e daremos passos importantes no entendimento de um universo repleto de planilhas, mapas, leis, cifras e inúmeros desafios.